Juan Pablo, conhecido como PBL, artista que produz seu som de maneira independente e embaixo da escada.
O Artista Juan Pablo ou PBL, 26 anos, mora na zona leste de São Paulo, no bairro chamado Jd. Piratininga, mais conhecido como Pira - Cangaíba.
PBL conversou um pouco com a gente sobre seu trabalho, e sua produção musical através do RAP.
Trabalha com a música a quanto tempo?
Trabalho já faz 10 anos, somando desde a primeira vez que subi no palco para cantar uma musica autoral.
O que te levou à música?
Quando criança, tocava bateria enquanto minha mãe arranhava o violão e cantava em uma igreja pequena. Foi o instrumento rítmico que tive o primeiro contato, mas quando se é criança não há muito incentivo próprio de estudar música, logo abandonei a bateria e demorou pra voltar pra musica e só voltei por meio da escrita, da poesia onde decidi fazer Rap.
O que é o RAP na sua vida? Você escolheu ou ela te escolheu?
O Rap na minha vida é tudo que faço, acredito que é um estilo de vida. Quando escutei Rap pela primeira vez não sabia que era Rap, mas a batida mexeu comigo, depois me aprofundei e descobri mais sobre o Rap e foi paixão como se nós dois tivesse se encontrado.
Como é ser um artista independente hoje em dia pra você?
Vivemos um mundo “individual” hoje procuro ser interdependente. Mas de fato sou bem independente, faço meus próprios beats, gravações, meus vídeos, em fim... faço tudo que preciso para trabalhar com minha música. Rap é tecnologia, a tecnologia avançando permite com que mais pessoas tenha acesso, automaticamente mais Rap na rua. E para aqueles que já faz essa arte tem que se atualizar e continuar acompanhado as inovações sem preconceito.
Como definiria seu som?
Uma pergunta difícil, raramente um artista define sua arte, sempre os críticos fazem isso, e escutando as pessoas falando do meu som, defino como Boom Bap, Underground, mas sempre tento misturar com outros gêneros musicais, alternativo seria uma boa definição ou simplesmente Rap.
Você lançou um trabalho recentemente chamado "Embaixo da Escada", conte mais sobre essa produção.
Sim, ultimo trabalho foi uma mixtape intitulada “Embaixo da Escada”. Foi uma compilação de durante dois anos escrevendo e fazendo beats em meu Home Studio que fica embaixo de uma escada mesmo, por isso o nome. Acredito que muitos ainda estão escondidos dentro da cena, são muitas pessoas que às vezes nem no primeiro degrau está, elas estão embaixo da escada e pessoas como você e sites como esse, que fazem esses artistas ocultos subirem no primeiro degrau. O trabalho fala de Amor e coloca esse Amor como uma escolha boa a se fazer na vida.
O que não te faz desistir? pensando que ser independente torna as coisas mais difíceis.
Eu mesmo. É difícil se concentrar e continuar sendo representante do seu sonho em um mundo que sempre te lembra que as pessoas são individuais, pra realizar um sonho precisamos de pessoas, pessoas precisam de pessoas. E essa autossuficiência de cada ser traz certa tristeza. Mas é contra ela que lutamos, então os mesmos motivos que podem fazer desistir pode ser justamente o mesmo motivo para continuar na luta.
Sua religião tem influência sobre suas músicas?
Não gosto muito do termo Religião ultimamente, ela vem carregada de estereótipos e nos afasta da ideia principal que é se religar com algo que fomos ligados um dia, esse universo desconhecido. Mas tenho Cristo como um norteador, acredito que Ele é o Amor que sentimos. Como falo em meu som, O Amor é a oportunidade de ser diferente, pois não engana, não ofende.
De todas as suas músicas, qual você gosta mais? e por que?
Pergunta difícil já que o disco tem 26 faixas (risos). Mas uma faixa que permeia a ideia toda do Disco é a “Hedonismo”. É um som que fala sobre tudo isso que conversamos, é uma faixa onde tem a participação de uma pessoa especial que é minha mãe (Iara Souza), é um momento de rendição. Acredito que ela transmite questionamentos positivos e progresso do bem.
Obrigada!! Caso queira falar algo que não esteja nas perguntas, sinta-se à vontade!
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Se ame primeiro e ame cada irmão e cada irmã. Desconstruir pra evoluir e poder muda.
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