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A célebre agência fotográfica "Magnum" faz 70 anos.


“Por que ser explorados por outros?”, perguntava Robert Capa à fotógrafa Gisèle Freund. “Exploremos a nós mesmos.” A ideia que o fotógrafo húngaro vinha desenvolvendo fazia uma década era completamente revolucionária: a partir daquele momento, os próprios fotógrafos venderiam diretamente seu trabalho ao cliente. Conservariam os negativos de sua obra, assim como o copyright e o direito de controlar o corte da imagem e a legenda da foto, aquilo que até então tinha ficado em mãos das publicações com as quais colaboravam. Daí surgiu a mais célebre das cooperativas de fotógrafos: Magnum.


Aldeões recolhendo restos de um foguete espacial rodeados de mariposas, na República de Altai, Rússia, em 2000 Jonas Bendiksen (Magnum)

Seu nome faz referência não só às grandes, nobres e generosas ambições com as quais nascia a agência, mas também a um tipo de cartucho de arma de fogo (evocando o espírito intrépido do correspondente de guerra) e às garrafas de champanhe de um litro e meio (bebida favorita do carismático Capa) com as quais os fotógrafos celebram suas reuniões anualmente e batizam os novos colegas, bebendo diretamente do gargalo. Já se passaram 70 anos desde que foi desarrolhada a primeira garrafa, em 1947. Desde então, 92 fotógrafos já contribuíram para a história da agência − e a de todos nós −, fazendo-nos participantes dos acontecimentos mais cruciais desse período, por meio de um discurso visual que soube manter sua idiossincrasia como uma mescla de jornalismo, arte e narrativa. Duas exposições e um livro celebram esse aniversário.


Marilyn Monroe en el estreno de "Some like it Hot" - Bob Henriques. agencia Magnum

A exposição Magnum Analog Recovery, no centro Le Bal de Paris, exibe pela primeira vez as cópias enviadas pela Magnum a seus agentes europeus para ser distribuídas à imprensa. As imagens vão acompanhadas das declarações dos próprios autores, nas quais indagam sobre seu trabalho, tanto no aspecto ético como no estético. “O trabalho de um fotógrafo não consiste em demonstrar nada a respeito de um fato humano. Não somos propagandistas, somos testemunhas do efêmero”, dizia Cartier-Bresson. “Os fotógrafos da Magnum continuam sendo atualmente um símbolo de ética, o que é fundamental em um mundo onde as imagens estão presentes em todos os lados. Os fotógrafos da Magnum oferecem uma visão, uma coerência”, destaca Julie Hèraut, uma das curadoras da exposição. Clique Aqui e veja a matéria completa.

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